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Polícia
Justiça suspende júri de acusado de matar e esquartejar menino de 10 anos em Assis (SP)
Tribunal de Justiça de SP instaura incidente de sanidade mental e paralisa ação penal contra Luis Fernando Silla de Almeida até conclusão de perícia psicológica sobre crime que chocou a cidade
27/11/2025 às 11:20por Redação Plox
27/11/2025 às 11:20
— por Redação Plox
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A Justiça suspendeu o júri popular de Luis Fernando Silla de Almeida, de 46 anos, acusado de matar e esquartejar o menino Mateus Bernardo Valim de Oliveira, de 10 anos, em Assis (SP). O processo ficará parado até a conclusão de uma perícia que vai avaliar a condição psicológica do réu à época do crime.
Mateus Bernardo Valim, de 10 anos, saiu para andar de bicicleta e não voltou para casa
Foto: Reprodução / Redes sociais.
De acordo com decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), foi instaurado um incidente de sanidade mental para analisar se o acusado tinha consciência do ato ou capacidade de agir conforme a lei no momento do crime. Até que o laudo seja apresentado, o andamento da ação criminal está suspenso. A decisão que levava o caso a júri popular havia sido divulgada em 20 de maio deste ano.
Mateus desapareceu em 11 de dezembro de 2024, depois de sair de casa para andar de bicicleta em Assis. Partes do corpo do menino foram encontradas cinco dias depois.
Réu responde por homicídio qualificado e outros crimes
Na denúncia, Luis Fernando é apontado como autor de homicídio qualificado por motivo torpe e meio cruel, meio que impossibilitou a defesa da vítima, além de ocultação de cadáver, estupro de vulnerável e fornecimento de bebida alcoólica a criança ou adolescente.
A investigação da Polícia Civil foi concluída no fim de fevereiro deste ano. Segundo o inquérito, o acusado, vizinho da vítima, teria agido sozinho e cometido o crime após uma tentativa de abuso sexual contra o menino. Ele está preso desde 17 de dezembro, data em que o corpo de Mateus foi localizado.
Embora exames periciais no corpo da criança não tenham confirmado abuso sexual, a polícia concluiu que Mateus foi levado para a área de mata sob o pretexto de fazer um piquenique. Ainda de acordo com o inquérito, houve uma tentativa de abuso, o menino reagiu e, a partir daí, teriam começado as agressões.
Um arremessou pedras no outro, até que ele arremessou uma pedra na criança, e percebeu, depois ali, que ela já estava sem vida.
delegado Tiago Bergamo
Esquartejamento e buscas por partes do corpo
Segundo as investigações, após matar o menino, o suspeito voltou para casa para pegar uma serra, com a qual desmembrou o corpo na tentativa de ocultar o crime. Nem todas as partes foram encontradas. Mateus foi sepultado em 20 de dezembro, por decisão da família.
A prisão temporária do vizinho foi posteriormente convertida em prisão preventiva, e desde então ele permanece detido aguardando julgamento.
Desaparecimento e imagens de câmeras de segurança
O caso teve início em 11 de dezembro, quando Mateus saiu de casa, no bairro Vila Glória, para passear de bicicleta e não retornou. Câmeras de segurança registraram o menino pedalando sozinho pela Rua André Perini, a cerca de um quilômetro do ponto onde seu corpo seria posteriormente encontrado.
Nessas imagens, o garoto aparece de camiseta azul e shorts, sem ser abordado por ninguém. Dias depois, em 16 de dezembro, a polícia obteve outros registros de vídeo que mostram Mateus acompanhado do suspeito na região da área de mata.
Contradições e prisão do suspeito
Em 17 de dezembro, Luis Fernando foi ouvido pela Polícia Civil junto com outras sete testemunhas. Durante o depoimento, apresentou versões contraditórias, o que levantou suspeitas. Ele chegou a ser liberado após falar com os investigadores, mas foi preso em casa no mesmo dia, após a localização do corpo do menino.
Em novo depoimento, o vizinho confessou o homicídio. Ele relatou que levou Mateus até o rio na área de mata, onde ocorreram agressões, e disse ter arremessado uma pedra contra o garoto, causando sua morte. Em seguida, afirmou que voltou para casa para buscar a serra usada no esquartejamento.
Vizinho apontado como autor da morte de um menino em Assis (SP) retornou à própria casa para buscar a serra que utilizou para esquartejar o corpo da criança
Foto: Reprodução / TV Globo.
Após a prisão, a polícia fez buscas na residência do suspeito e encontrou animais mortos no local. O crime gerou forte comoção nas redes sociais e na cidade, com manifestações de luto pela morte de Mateus.
Relação de proximidade com a vítima
As investigações apontaram que Mateus frequentava a casa de Luis Fernando, onde consertavam bicicletas juntos. Segundo a polícia, era comum o suspeito ajudar crianças do bairro com reparos nas bikes, o que estabeleceu uma relação de proximidade com famílias da vizinhança.
Peças da bicicleta de Mateus foram encontradas na casa do acusado, conforme informado pela Polícia Civil. Em coletiva, o delegado Tiago Bergamo descreveu essa aproximação como uma espécie de “cavalo de Tróia”, numa referência à estratégia de engano presente na mitologia grega, ao indicar que o suspeito se mostrava prestativo enquanto, segundo a investigação, teria outras intenções.
O delegado também informou que, ao confessar o crime, o vizinho disse ter ouvido vozes que o incentivaram a agir e declarou sentir inveja da alegria das crianças do bairro, motivo pelo qual buscava se aproximar delas.
Ainda de acordo com a polícia, o acusado afirmou que costumava frequentar a área de mata onde o corpo foi achado, tanto com Mateus quanto com familiares do menino, com a justificativa de nadar no rio e passar o dia no local.
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