Investigação revela corrupção no caso Marielle e conexões com o crime organizado
Detalhes do inquérito expõem a manipulação da apuração para proteger figuras influentes
Por Plox
28/03/2024 09h27 - Atualizado há cerca de 1 mês
A trama em torno da morte de Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, se aprofunda com a revelação de que o crime ultrapassa a esfera dos executores diretos. A investigação, liderada por um grupo de delegados da Polícia Federal, destaca a corrupção enraizada nas instituições do Rio de Janeiro, onde figuras supostamente encarregadas de solucionar o caso, na verdade, atuavam para obstruir a justiça.
Complicidades no alto escalão
Rivaldo Barbosa, ex-diretor da Polícia Civil do Rio, é apontado pelo inquérito como receptor de suborno para desviar a investigação e absolver dois nomes de peso: os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão. Essa acusação abre a possibilidade de que mais envolvidos sejam implicados em futuras etapas da apuração.
Esperança por novas revelações
Com a esperança de desvendar completamente o caso, a Polícia Federal analisa documentos e equipamentos recolhidos durante operações recentes. A colaboração dos irmãos Brazão e de Barbosa, através de acordos de delação, pode ser decisiva para expor outras figuras do submundo criminoso.
Questões em aberto
Uma interrogação persiste sobre quem indicou Barbosa à chefia da Polícia Civil do Rio, um dia antes do assassinato de Marielle e Anderson, sob a nomeação do General Walter Braga Netto. Além disso, a investigação critica a atuação do promotor Homero de Neves Freitas Filho, por sua omissão inicial no caso.
O papel decisivo das delações
Ronnie Lessa, executor confesso do crime, colaborou com a justiça em troca de benefícios legais, apontando os mandantes e detalhes da execução. Sua delação sugere um potencial avanço na resolução de outros crimes anteriormente obstruídos por falhas investigativas.
Liderança na investigação
Leandro Almada, superintendente da Polícia Federal no Rio, é destacado por seu papel crucial no avanço das investigações. Sua experiência prévia como delegado em Minas Gerais e sua atuação em outras superintendências regionais da PF contribuíram significativamente para a apuração do caso Marielle.