Macron expressa oposição ao acordo Mercosul-UE e planeja discussões com Lula

Desacordo comercial em pauta

Por Plox

28/03/2024 09h51 - Atualizado há cerca de 1 mês

O presidente da França, Emmanuel Macron, manifestou-se contrariamente ao acordo de livre comércio em negociação entre o Mercosul e a União Europeia. Esta posição foi divulgada após reuniões com empresários e autoridades brasileiras em São Paulo, antecedendo um encontro programado com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, onde o tema será um dos pontos de discussão. Enquanto Lula busca acelerar o fechamento da parceria, Macron se posiciona como um dos principais opositores, sugerindo a necessidade de uma renegociação completa do texto atual.

 

Foto: Reprodução de vídeo

Uma nova proposta no horizonte

Macron criticou o estado atual das negociações do acordo Mercosul-UE, destacando sua estagnação e falta de atualizações importantes, como questões climáticas. “O Mercosul é um péssimo acordo como ele está sendo negociado agora”, declarou, enfatizando a importância de um novo acordo que incorpore responsabilidades ambientais e reciprocidade. Suas declarações ocorreram durante o Fórum Econômico Brasil-França na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), marcando o início de sua agenda em São Paulo.

Apoio brasileiro ao acordo

Contrastando com a posição de Macron, autoridades brasileiras expressaram suporte ao acordo. O vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defenderam a parceria, comparando a persistência necessária para sua conclusão com os esforços bem-sucedidos na reforma tributária do Brasil.

Agenda francesa no Brasil

A visita de Macron ao Brasil, iniciada na Guiana Francesa e incluindo paradas em Belém, Rio de Janeiro e São Paulo, culminará em Brasília. Prevê-se uma agenda repleta de compromissos, incluindo um encontro com Lula no Palácio do Planalto para discutir temas bilaterais, globais e culturais, marcando 200 anos de relações diplomáticas entre França e Brasil. A discussão também abrangerá reformas institucionais e questões geopolíticas, com expectativas de assinaturas em diversos acordos.

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