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Saúde

Testosterona em queda: entenda os sinais, causas e soluções

Estudos indicam declínio contínuo do hormônio masculino em homens de várias idades e regiões; médicos apontam formas de prevenção e tratamento

28/07/2025 às 12:34 por Redação Plox

A produção de testosterona, o principal hormônio masculino, é vital para uma série de funções no corpo do homem – desde o desenvolvimento de características físicas, como pelos e músculos, até aspectos emocionais e sexuais, como libido e humor. Nos testículos, essa substância é naturalmente fabricada, regulando inclusive o metabolismo e a produção de esperma.


Imagem Foto: Pixabay

Nas últimas décadas, porém, esse equilíbrio tem sido alterado. Pesquisas realizadas em diferentes partes do mundo – como Estados Unidos, Europa, América Latina e Ásia – revelam uma tendência preocupante: os níveis de testosterona vêm caindo entre os homens. Um levantamento norte-americano revelou que a média do hormônio, que era de 640 ng/dL em 1985, caiu para 451 ng/dL no período entre 2021 e 2023.


Essa redução, segundo especialistas, pode estar ligada a fatores como envelhecimento, obesidade, diabetes, estresse contínuo, má alimentação, sedentarismo, falta de sono e até medicamentos. Quando os testículos deixam de funcionar corretamente, condição conhecida como hipogonadismo, ocorre uma queda na produção de hormônios sexuais – incluindo a testosterona nos homens.


No Brasil, diretrizes da Associação Médica Brasileira (AMB) e do Conselho Federal de Medicina (CFM) indicam que níveis inferiores a 300 ng/dL podem ser considerados baixos. Ainda assim, o endocrinologista Heber Augusto Lara Cunha ressalta que esse valor pode variar entre 264 e 350 ng/dL, dependendo do protocolo utilizado. “Não é unânime”, esclarece.


Cunha, que também é professor da pós-graduação em endocrinologia da IPEMED/Afya Educação Médica, afirma que muitos pacientes, desde jovens até idosos, o procuram com dúvidas sobre esse hormônio.
“É uma demanda que engloba várias idades, principalmente por conta do maior acesso às informações e discussões atuais sobre a reposição desse hormônio”

, ele diz.

Entre as consequências mais frequentes da queda estão o aumento de peso, redução da libido, perda de massa muscular, cansaço excessivo, sintomas de depressão, dificuldades de concentração e baixa autoestima. Por isso, é fundamental que os sinais sejam reconhecidos o quanto antes, e um especialista seja consultado.


A endocrinologista Beatriz Marquardt Leite alerta que a idade não é, necessariamente, um fator determinante. “É perfeitamente possível – e comum – que um homem de 30 anos e um homem de 70 anos tenham níveis semelhantes de testosterona, como por exemplo 360 ng/dL, e ambos estarem dentro da normalidade”, escreveu ela em seu site. O foco, segundo ela, deve estar nos sintomas e no equilíbrio entre testosterona total, testosterona livre e SHBG, uma proteína do fígado que regula a disponibilidade hormonal.


O diagnóstico da deficiência de testosterona é feito por exames laboratoriais e deve ser analisado cuidadosamente com apoio de um endocrinologista. Em muitos casos, mudanças no estilo de vida já são suficientes para reverter o problema: adotar uma alimentação saudável, praticar atividades físicas e dormir melhor podem trazer benefícios significativos.


Heber Cunha reforça que o tratamento de condições como obesidade, hipertensão e diabetes também ajuda a normalizar os níveis hormonais. Em alguns casos, porém, a reposição hormonal pode ser indicada – mas como último recurso, sempre com acompanhamento profissional. Nos Estados Unidos, o número de prescrições saltou de 7,3 milhões em 2019 para 11 milhões em 2024.


Savio Luis Soares Neves, endocrinologista da Santa Casa BH, ressalta que a reposição deve ser considerada apenas quando outras tentativas não surtirem efeito ou quando a causa da baixa testosterona não for identificável. Segundo ele, as formas mais recomendadas são a intramuscular, por injeção, e a transdérmica, pela pele. Já os métodos orais costumam não ser indicados.


Neves alerta ainda para os perigos do uso exagerado de testosterona com fins estéticos ou para aumentar desempenho físico.
“O uso de doses suprafisiológicas de testosterona, para efeito anabolizante ou de aumento de performance, não é recomendado devido a um aumento de risco de diversas doenças, incluindo infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, embolia pulmonar e arritmias, além de um aumento de mortalidade”

, adverte.

O acompanhamento médico contínuo, aliado a hábitos saudáveis, segue sendo o melhor caminho para manter a testosterona equilibrada e garantir qualidade de vida aos homens em todas as fases da vida.


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