Durante a celebração dos 95 anos do Ministério da Educação (MEC), realizada neste domingo (28) na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de uma caminhada e aproveitou a ocasião para provocar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sem mencioná-lo diretamente.
Foto: Ricardo Stuckert/Reprodução “Gente, isso aqui mostra a nossa civilidade. Não tem motociata, não tem pornochanchada, tem caminhada. Caminhada de educadores”, afirmou Lula, numa clara referência aos eventos de motocicleta promovidos por Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar.
A comemoração contou com aproximadamente 6 mil participantes, entre servidores do MEC, terceirizados, estagiários, atletas amadores e membros da comunidade. O evento incluiu caminhada de 3 km e corridas de 5 km e 10 km, sendo que Lula optou por caminhar e realizar pequenas corridas ao longo do percurso.
Durante entrevista à imprensa, o presidente destacou a importância da educação para o desenvolvimento do país e valorizou o trabalho dos profissionais da área. “Essa medalha que nós recebemos aqui, na verdade, não é para nós, é para todos os professores de todos os graus de ensino dessa República Federativa do Brasil”, afirmou.
Lula criticou ainda o cenário educacional encontrado no país, mencionando que cerca de 68% da população tinha o ensino fundamental mal concluído. Para ele, a verdadeira transformação do Brasil passa pela valorização da educação: “Nossa revolução é muito grande. Não é só da comida, do emprego, do salário, ela tem que ser da educação”.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o presidente chamou o evento de “caminhada da soberania educacional do Brasil” e reforçou que, com a educação, o país será soberano, “para nunca mais ninguém dar palpite sobre o Brasil”.
Além da primeira-dama Janja da Silva, acompanharam Lula na atividade os ministros Camilo Santana (Educação), Fernando Haddad (Fazenda), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Alexandre Padilha (Saúde), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), e o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.