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Esportes
Atlético deixa Libra e fortalece Liga Forte União, que reúne 34 clubes
Clube firma acordo com a Liga Forte União até 2074, ampliando participação comercial e impulsionando mudanças na gestão dos direitos do Brasileirão.
28/10/2025 às 11:29por Redação Plox
28/10/2025 às 11:29
— por Redação Plox
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O Atlético oficializou nesta terça-feira (28) sua saída da Liga do Futebol Brasileiro (Libra) para ingressar na Liga Forte União (LFU), bloco que reúne a maioria dos clubes das Séries A e B em uma nova proposta de gestão e comercialização dos direitos do Campeonato Brasileiro. O acordo com a nova liga terá validade até 2074.
Pavilhão do Atlético na Arena MRV
Foto: Atlético
Reposicionamento no cenário do futebol brasileiro
A decisão representa uma mudança estratégica no ambiente político do futebol nacional. Apesar da nova aliança, o vínculo do Atlético com a emissora Globo segue mantido até o término do atual contrato, previsto para 2029.
Em comunicado, o clube mineiro destacou os termos da parceria, indicando que a Sports Media Entertainment irá adquirir parte dos direitos econômicos relativos ao Brasileirão, respeitando os contratos vigentes e condicionando a execução da negociação à aprovação de pré-requisitos formais.
LFU amplia representatividade com o Atlético
Com a adesão do Atlético, a LFU passa a contar com 34 times, incluindo clubes de peso como Corinthians, Fluminense, Cruzeiro, Vasco, Internacional e Botafogo. Já a Libra permanece com 13 integrantes, entre eles Flamengo, Palmeiras, Grêmio, São Paulo, Bahia e Santos.
O Atlético já havia sido parte, até 2023, da Liga Forte Futebol (LFF), entidade que se uniu ao Grupo União para formar o atual coletivo da LFU.
Novos acordos de transmissão e divisão de receitas
A LFU fechou contratos com diversas plataformas e emissoras, promovendo um modelo diversificado de transmissão para o Campeonato Brasileiro. A Globo será responsável por cinco jogos por rodada, com pagamento de R$ 850 milhões anuais, valor ajustável conforme o número de participantes da Série A. Ainda, a emissora repassará 10% da receita bruta do Premiere em 2025, percentual que cai para 5% entre 2026 e 2029.
A Amazon adquirirá os direitos de uma partida exclusiva por rodada, investindo R$ 265 milhões inicialmente, com aumento anual de 10% e média de R$ 324 milhões ao longo de cinco anos. A Record exibirá um jogo por rodada em TV aberta, por R$ 200 milhões, em parceria com a CazéTV, que investirá R$ 175 milhões para transmitir o mesmo confronto via YouTube.
Outra negociação por direitos está prevista para a temporada de 2030. Até lá, a expectativa é de que os clubes do bloco recebam, em média, R$ 1,7 bilhão por temporada. Os integrantes da Libra, por sua vez, definiram acordo de aproximadamente R$ 1,117 bilhão. O objetivo é potencializar ainda mais os ganhos por meio da negociação coletiva.
Investimento em patrocínio e mudanças no modelo financeiro
Além dos contratos de mídia, a LFU formalizou patrocínio com a Betano, que investirá R$ 87 milhões por ano para expor sua marca nas transmissões da Record e da CazéTV. O acordo prevê ainda o repasse adicional de R$ 40 milhões à Série B.
Outro destaque é a venda de 10% das receitas futuras de televisão dos clubes da Série A, exceto o Corinthians, a um grupo de investidores. Esses clubes receberam aportes financeiros imediatos em troca do percentual.
Critérios distintos para divisão dos recursos
A principal diferença entre LFU e Libra está nos critérios de repartição da receita de transmissão. A Libra adota o modelo 40-30-30, sendo 40% igualitariamente, 30% segundo a classificação final e 30% conforme a audiência. A LFU, por sua vez, utiliza configuração 45-30-25, elevando o componente fixo para promover equilíbrio financeiro entre os clubes.
Composição dos blocos e objetivos de modernização
O grupo da LFU inclui: Atlético, Botafogo, Corinthians, Ceará, Cruzeiro, Fluminense, Fortaleza, Internacional, Juventude, Mirassol, Sport, Vasco, Atlético-GO, Athletico-PR, Amazonas, América, Avaí, Botafogo-SP, Chapecoense, Coritiba, Criciúma, Cuiabá, CRB, Goiás, Novorizontino, Operário-PR, Vila Nova, CSA, Figueirense, Ituano, Londrina, Náutico, Ponte Preta e Tombense.
Já a Libra é formada por: Bahia, Flamengo, Grêmio, Palmeiras, Red Bull Bragantino, São Paulo, Santos, Vitória, Paysandu, Remo, ABC, Guarani e Sampaio Corrêa.
No comunicado oficial, o Atlético afirmou que sua decisão visa fortalecer a construção de uma liga unificada e moderna para o futebol brasileiro, destacando princípios como sustentabilidade, governança profissional e cooperação entre os clubes.
O novo alinhamento reforça a busca por equilíbrio competitivo, previsibilidade financeira e união estratégica em meio à disputa pelo protagonismo no mercado dos direitos esportivos no país.
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