Economia

Black Friday deve movimentar R$ 5,4 bilhões e exige atenção com planejamento e ‘black fraude’

Data consolida posição como motor do varejo, com alta de 2,4% no Brasil, enquanto guias orientam consumidor sobre melhores horários de compra, direitos, comparação de preços e cuidados com promoções em produtos e serviços

28/11/2025 às 09:55 por Redação Plox

A Black Friday desta sexta-feira (28) deve registrar o maior volume de vendas da série histórica, com movimentação estimada em R$ 5,4 bilhões no comércio brasileiro, segundo projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O valor representa alta de 2,4% em relação a 2024 e reforça a data como um dos principais motores do varejo no fim do ano.

Black Friday deve gerar R$ 5,4 bilhões em vendas no varejo brasileiro

Black Friday deve gerar R$ 5,4 bilhões em vendas no varejo brasileiro

Foto: Agência Brasil


Neste guia, a Itatiaia reúne orientações para aproveitar a maratona de promoções com segurança, desde a escolha do melhor horário para comprar até o uso de ferramentas para comparar preços e evitar armadilhas.

Expectativa de vendas e impacto no comércio

A estimativa da CNC para a Black Friday indica um cenário positivo para o varejo, que conta com a data para impulsionar o faturamento antes do Natal. A combinação de descontos agressivos, campanhas de marketing e maior participação do comércio eletrônico ajuda a consolidar a Black Friday no calendário do consumo no país.

Para o consumidor, o momento é visto como oportunidade de antecipar compras de fim de ano, trocar eletrodomésticos, renovar eletrônicos ou contratar serviços com preços abaixo da média. O desafio é diferenciar as promoções realmente vantajosas das ofertas que apenas simulam descontos.

Melhores horários para aproveitar as ofertas

As promoções da Black Friday tendem a surgir em janelas específicas ao longo do dia, especialmente no comércio eletrônico, exigindo atenção redobrada de quem busca os maiores descontos.

De acordo com pesquisa da Promobit, plataforma de descontos do CASH3, os melhores preços devem aparecer logo na madrugada desta sexta-feira (28). Nessa faixa de horário, são comuns estoques reduzidos, o que aumenta a disputa pelos produtos com maior redução de preço.

Para quem não consegue acompanhar a virada da noite, a sexta-feira ainda concentra boas oportunidades. O levantamento da plataforma aponta que, por volta das 15h, há em média 201 ofertas ativas, com desconto médio de 35%. Esse período da tarde costuma reunir promoções em diferentes categorias, como eletrônicos, eletrodomésticos e artigos para casa.

Como comparar preços e fugir da “black fraude”

Com o aumento das ofertas, cresce também o risco de cair na chamada “black fraude”, quando produtos são anunciados com supostos grandes descontos, mas na prática mantêm valores próximos ou até superiores aos praticados antes da campanha.

Uma das principais formas de se proteger é usar sites e aplicativos comparadores de preço, que permitem verificar o histórico de valores de um produto e checar rapidamente se o desconto é real ou apenas “metade do dobro”.

O ideal é que o consumidor comece a monitorar os preços com antecedência, cerca de um mês antes da Black Friday, criando uma base de comparação confiável para o momento da compra. Plataformas gratuitas como Zoom, Buscapé, BondFaro, Google Shopping e Promobit são aliadas importantes nessa tarefa.

Ao acompanhar a evolução dos preços ao longo de semanas, o consumidor ganha poder de barganha e reduz o risco de se deixar levar apenas pelo apelo publicitário da data.

Guias para planejar a compra na Black Friday

Além das dicas gerais de consumo consciente e comparação de preços, a Itatiaia reúne uma série de guias temáticos para quem pretende aproveitar a Black Friday para investir em itens específicos.

Entre os conteúdos disponíveis, há orientações sobre o que fazer em caso de arrependimento de compra, análises sobre se vale a pena entrar nos “esquentas” de promoções antes da data oficial, e um guia antifraude para a Black Friday 2025, com alertas sobre práticas comuns no mercado.

Também há recomendações detalhadas para a escolha de produtos como bikes elétricas, geladeiras inverter, mini lava-louças, purificadores de água refrigerados, TVs 4K e de telas maiores, air fryers do tipo oven, além de listas com celulares, notebooks, consoles, smartwatches, robôs aspiradores e outros eletrônicos que costumam ser muito buscados no período.

Esses guias ajudam o consumidor a entender as diferenças técnicas entre modelos, identificar quais recursos realmente importam no dia a dia e definir um orçamento máximo, evitando compras por impulso. Planejar a compra com base em necessidade real, pesquisa prévia e comparação de preços é a melhor estratégia para transformar a Black Friday em economia de fato.

Pesquisas econômicas e cenário em Minas Gerais

Em Minas Gerais, o comércio local acompanha com expectativa o desempenho da Black Friday. Levantamentos apontam aumento na confiança dos lojistas e projeções de alta nas vendas na comparação com anos anteriores.

Pesquisas recentes também indicam grande variação de preços entre estabelecimentos em Belo Horizonte, chegando a diferenças de até 61% em alguns itens, o que reforça a importância de pesquisar antes de fechar negócio.

Ao mesmo tempo, o aumento do movimento logístico e do transporte de cargas às vésperas da Black Friday acende o alerta para o setor. Dados mostram crescimento nos casos de roubo de cargas em Minas, o que preocupa empresas e transportadores e exige atenção extra à segurança durante o período.

Trânsito, filas e estrutura nas grandes cidades

Com a combinação de promoções no comércio físico e grande fluxo de consumidores, capitais como Belo Horizonte têm reforçado esquemas de fiscalização no trânsito durante a Black Friday.

Na região central da cidade, lojas costumam registrar filas nas primeiras horas do dia, especialmente em redes de eletrônicos, moda e varejo popular. O aumento da circulação de veículos e pedestres em áreas de grande concentração comercial leva o poder público a monitorar pontos críticos, ajustar a sinalização e intensificar a presença de agentes de trânsito.

Para quem pretende ir às lojas físicas, a recomendação é planejar o deslocamento, evitar horários de pico sempre que possível e considerar o uso de transporte público ou alternativo, reduzindo o impacto no tráfego.

Promoções em viagens e outros serviços

Além de produtos físicos, a Black Friday vem ganhando relevância no segmento de serviços, especialmente turismo. Empresas do setor, como agências de viagens e plataformas digitais, lançam campanhas específicas com descontos em pacotes, passagens aéreas e hospedagens.

Entre as ações programadas, há promessas de redução significativa em viagens nacionais e internacionais, com percentuais que, em alguns casos, chegam a até 60% de desconto, dependendo do destino, da data e das condições de pagamento.

Nesses casos, o cuidado principal é analisar com atenção as regras de remarcação, cancelamento, taxas extras e os prazos de utilização dos serviços, para não transformar um desconto atrativo em dor de cabeça futura.

Consumo consciente e direitos do consumidor

Ao longo da Black Friday, é fundamental que o consumidor mantenha atenção aos próprios limites financeiros e aos direitos previstos em lei. Compras pela internet garantem direito de arrependimento em até sete dias, contados a partir do recebimento do produto ou da contratação do serviço, o que pode ser decisivo em casos de impulso ou propaganda enganosa.

Guardar anúncios, prints de telas e comprovantes de pagamento é uma forma de ter respaldo em eventuais reclamações. Em caso de problemas, órgãos de defesa do consumidor e canais oficiais de mediação podem ser acionados.

Em um cenário de grande volume de ofertas, o melhor desconto continua sendo aquele que cabe no orçamento, atende a uma necessidade real e é sustentado por informação de qualidade e comparação de preços.

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