
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta mais um desafio econômico: o iminente reajuste no preço do diesel, que pode desencadear novos aumentos no custo dos alimentos e pressionar ainda mais a inflação. A Petrobras já comunicou ao Planalto que o aumento será inevitável, agravando um problema sensível para a gestão federal.
Atualmente, o preço do diesel no Brasil apresenta uma defasagem significativa em relação ao mercado internacional, variando entre R$ 0,46 e R$ 0,55 por litro, o que representa uma diferença de 13% a 16%. Já a gasolina registra uma discrepância menor, de até R$ 0,24 (18%). Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (29) pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, já alertou Lula sobre a necessidade do reajuste, argumentando que a estatal não conseguirá manter os preços artificialmente baixos por mais tempo. A decisão será discutida nesta quarta-feira durante a reunião trimestral do conselho de administração da Petrobras, que avaliará a política de preços da companhia. No entanto, ainda não há confirmação de que o aumento será oficializado no mesmo dia.
Além do possível reajuste da Petrobras, os combustíveis também sofrerão um aumento devido à correção do ICMS a partir de fevereiro. A alta será de R$ 0,10 por litro na gasolina e R$ 0,06 no diesel, impactando diretamente os custos do transporte e, consequentemente, os preços dos produtos no mercado.
Essa nova alta ocorre após um período de estabilidade. Em 2024, a Petrobras não realizou nenhum reajuste no valor do diesel – algo inédito na história da estatal. O último aumento foi registrado em dezembro de 2023. No entanto, o cenário agora exige uma correção, o que poderá gerar impactos significativos na logística, no transporte de cargas e, principalmente, no setor alimentício.
A elevação dos preços dos combustíveis é um fator determinante para a inflação dos alimentos, uma das grandes preocupações do governo no início de 2025. Para conter os efeitos da alta, ministros já anunciaram medidas como a redução das taxas de importação de alimentos que possuem preços mais competitivos no exterior.
Ainda nesta quarta-feira, Lula pode enfrentar outro revés econômico: a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a primeira sob o comando do novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, indicado pelo próprio presidente. A expectativa é de que a taxa básica de juros seja elevada, contrariando os interesses do governo em estimular o crescimento econômico.
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