Lula critica desempenho de Zema no Roda Viva e alerta para campanha presidencial

Durante uma entrevista à Rádio Itatiaia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma avaliação direta sobre a pré-candidatura do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), à Presidência da República. O petista, contudo, não poupou críticas ao desempenho do mineiro na recente participação no programa Roda Viva, da TV Cultura, exibido no dia 25 de agosto.

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“Se ele tiver a performance que teve no Roda Viva, vai ser um desastre para ele. Ou ele melhora, ou deixa de ser o falso humilde e começa a dizer coisa concreta, ou vai ser desmoralizado na campanha, é importante que ele se prepare para isso”

O petista chegou a classificar Zema como uma “figura caricata” e insistiu em chamá-lo de “falso humilde”. Lula destacou que a campanha eleitoral será o momento em que a população poderá comparar o que cada candidato efetivamente entregou em políticas sociais e ações de governo.

Ele também resgatou críticas à condução do mandato do governador, apontando que Zema se limitou a atacar seu antecessor, Fernando Pimentel (PT). De acordo com Lula, o atual chefe do Executivo mineiro se beneficiou de uma liminar concedida pela ministra Rosa Weber, que suspendeu o pagamento de juros da dívida estadual com a União. “Quando entra o Zema, ele tinha a decisão da Suprema Corte de não pagar a dívida, então tinha dinheiro para fazer tudo e culpa o Pimentel”, disse o presidente. Lula ainda acrescentou que, se estivesse na Presidência da República à época em que Pimentel governava Minas, o correligionário teria sido reeleito.

Ao comentar os recursos recebidos por Minas Gerais, Lula reforçou que Zema tem o direito de disputar a eleição, mas ressaltou que o próprio governador deveria reconhecer que, em sua gestão, recebeu mais recursos federais durante os governos petistas do que nos mandatos de Jair Bolsonaro e Michel Temer. Ele encerrou sua fala enfatizando que o pleito de 2026 será decisivo para o futuro do país, contrapondo a defesa do estado democrático de direito às candidaturas baseadas em “mentiras”.