Mulher é morta com agressões no rosto e companheiro confessa crime em Teófilo Otoni

Em um trágico episódio registrado neste sábado (27), a cidade de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, foi palco de um feminicídio que chocou moradores da região.

Foto: Redes Sociais

O corpo de Érika Vidal da Silva Torres Cardoso, de 32 anos, foi encontrado em uma área de vegetação às margens da BR-116, próximo ao aeroporto. Ela apresentava hematomas intensos e lesões no rosto e na cabeça, conforme confirmou a perícia da Polícia Civil. Não foram identificadas perfurações ou uso de armas cortantes, mas o rosto da vítima estava severamente desfigurado, com chumaços de cabelo espalhados ao redor do corpo.

A descoberta do crime se deu após o funcionário de um clube acionar a Polícia Militar ao encontrar uma motocicleta, um capacete e um homem coberto de sangue nas proximidades da rodovia. Quando os policiais chegaram ao local, localizaram o corpo de Érika a aproximadamente 10 metros da pista, já sem vida.

Durante as investigações, Bruno Araújo da Conceição Pinheiro da Silva, de 30 anos, companheiro da vítima, foi localizado no bairro Viriato e preso em flagrante. Aos policiais, ele admitiu que havia agredido Érika com socos após uma discussão iniciada durante o trajeto de moto, quando ela teria revelado que estava grávida de gêmeos. Segundo o suspeito, a notícia provocou um forte desentendimento motivado por desconfianças de traição.

Ela falou que estava grávida de gêmeos. Eu perdi a cabeça", teria relatado Bruno à polícia durante a confissão.

Ele contou ainda que tentou reanimá-la com respiração boca a boca, mas, ao perceber que ela não reagia, fugiu do local e seguiu para a casa do pai, onde confessou o ocorrido. Durante o trajeto, Bruno usou a mesma motocicleta que foi depois encontrada abandonada.

O homem foi contido pela polícia e precisou de atendimento médico após apresentar comportamento agitado dentro da viatura. Posteriormente, foi conduzido à delegacia da Polícia Civil, onde foi autuado por feminicídio.

Na cena do crime, os peritos recolheram diversos objetos com vestígios de sangue, incluindo uma camisa branca, um boné, um par de tênis e a calça usada pelo autor. A motocicleta usada na fuga também foi apreendida pelas autoridades.

Apesar da declaração de Bruno sobre a gravidez, o Instituto Médico Legal confirmou que Érika não estava grávida, informação que reforça o caráter brutal e injustificado do crime.

O caso segue sob investigação da Polícia Civil, que busca esclarecer mais detalhes sobre a motivação do feminicídio e o histórico do casal.