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Saúde
Esfoliação: 9 perguntas essenciais sobre riscos e cuidados
Dermatologistas explicam que a esfoliação sem orientação médica pode causar problemas como ressecamento, irritação e infecções, especialmente em peles sensíveis.
29/10/2025 às 10:30por Redação Plox
29/10/2025 às 10:30
— por Redação Plox
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A esfoliação se tornou um dos passos mais conhecidos nas rotinas de skincare, sendo normalmente associada à remoção de impurezas, desobstrução dos poros e estímulo à renovação celular. No entanto, especialistas alertam que, dependendo do tipo de pele e da frequência, o procedimento pode trazer mais riscos do que benefícios.
Esfoliantes físicos funcionam através do atrito, eliminando células mortas com a ajuda de grânulos ou buchas
Foto: Reprodução/Pinterest
Riscos e recomendações médicas
Segundo o dermatologista Fábio Rebucci, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional São Paulo (SBD-RESP), ninguém deveria realizar a esfoliação facial em casa sem orientação adequada. Ele aponta que ao remover camadas superficiais, a pele pode ficar seca e mais suscetível à irritação e infecções.
Na verdade, ninguém deveria fazer esse tipo de processo em casa. – Fábio Rebucci
Apesar disso, há situações específicas em que o procedimento pode ser útil. A dermatologista Barbara Miguel, do Einstein Hospital Israelita, explica que, em casos como a queratose pilar — condição caracterizada por bolinhas ásperas em áreas como braços, coxas e nádegas —, o uso do esfoliante pode ser recomendado desde que haja acompanhamento médico. Para pessoas com pele seca, sensível ou doenças dermatológicas, como dermatite atópica, eczema ou rosácea, a esfoliação deve ser evitada.
Diferentes tipos de esfoliantes
Esfoliantes físicos atuam por atrito, promovendo a retirada de células mortas com grânulos ou buchas. Já os químicos possuem substâncias como ácido glicólico, retinoico e salicílico, estimulando a renovação ao promoverem a troca das camadas superficiais. Segundo o dermatologista Fábio Rebucci, esses itens devem ter uso restrito a indicações médicas, pois o uso inadequado pode causar irritações e até queimaduras.
Os esfoliantes químicos devem ser utilizados apenas sob prescrição médica.
Frequência recomendada e tipos de pele
De acordo com a dermatologista Barbara Miguel, pessoas com pele oleosa podem recorrer à esfoliação de forma leve, no máximo uma vez por semana, enquanto quem tem pele mista deve limitar a prática a cada duas semanas, sempre privilegiando produtos suaves e movimentos delicados. A recomendação geral, porém, é evitar a esfoliação sem avaliação profissional, sobretudo em peles sensíveis.
Esfoliação não substitui limpeza de pele
A esfoliação atua na camada superficial e não substitui a limpeza de pele profissional, que remove cravos e impurezas mais profundas. A frequência desse procedimento deve ser determinada conforme cada necessidade, mas a higiene rotineira com sabonete adequado ao tipo de pele deve ocorrer duas vezes ao dia.
Cuidados especiais em casos de acne
O tratamento da acne demanda cuidados específicos e indicação profissional. O uso inadequado de esfoliantes pode agravar ainda mais a inflamação, facilitar o surgimento de novas lesões e aumentar o risco de infecção.
Esfoliar a pele com acne pode piorar o quadro, aumentando espinhas e o risco de infecção.
Uso de buchas e outros instrumentos
O uso de buchas não é recomendado por prejudicar a barreira de proteção da pele e servir como meio para proliferação de bactérias, já que costumam permanecer úmidas por longos períodos.
Cuidados sazonais com a pele
No inverno, quando a pele tende a ficar mais seca e sensível, a esfoliação pode ser ainda mais prejudicial, especialmente porque banhos mais quentes são comuns. A recomendação é reduzir ainda mais a frequência nessas situações.
Produtos específicos para cada área
Produtos destinados ao rosto são formulados de maneira mais delicada. Mesmo assim, é fundamental consultar um dermatologista antes de usar esfoliantes na face, e nunca recorrer a receitas caseiras em nenhuma parte do corpo.
Importância da hidratação
A hidratação da pele é sempre importante, mas não é capaz de neutralizar inteiramente os possíveis efeitos nocivos da esfoliação exagerada.
Esfoliação antes da depilação
Para quem tem pelos grossos, uma esfoliação leve pode ajudar a evitar pelos encravados, desde que realizada com bastante antecedência e cuidado. Ainda assim, o processo de depilação já é agressivo para o tecido, o que exige atenção redobrada.
A orientação de um dermatologista é fundamental para garantir a saúde da pele em todas as etapas do cuidado.