Polícia apreende drogas embaladas com fotos de Neymar em operação em BH

Durante uma operação policial no bairro Boa Vista, localizado na Região Leste de Belo Horizonte, dois homens foram presos na noite da última segunda-feira (29) após serem flagrados com uma grande quantidade de entorpecentes e armamento ilegal.

Foto: Divulgação/Polícia Militar

A ação foi motivada por uma denúncia anônima que indicava a presença de um indivíduo armado e envolvido com o tráfico de drogas naquela região. Com base nas informações repassadas e nas características do suspeito, os policiais militares conseguiram localizar um homem identificado como Douglas, mais conhecido pelo apelido de “Pozão”, já conhecido das autoridades pelo envolvimento com o tráfico local.

No momento da abordagem, Pozão estava acompanhado de outro indivíduo. Ambos foram detidos em flagrante pelos crimes de porte ilegal de arma e tráfico de drogas. Com a dupla, a PM apreendeu um revólver calibre 38, um celular e impressionantes 2.650 pedras de crack. O valor estimado do material ilícito chega a R$ 225 mil.

Um detalhe chamou a atenção dos policiais: as embalagens da droga continham imagens do jogador Neymar, atualmente no Santos. As fotos estampadas nas embalagens serviam, segundo relatos anteriores de outros traficantes, para indicar suposta “qualidade superior” da droga, funcionando como uma espécie de código visual para os consumidores.

Este não é um caso isolado. Em novembro do ano anterior, um homem de 27 anos foi preso em São Vicente, litoral de São Paulo, também portando drogas com a imagem do craque. Na ocasião, foram apreendidas 31 cápsulas de cocaína, 43 pedras de crack e cerca de 80 gramas de maconha — totalizando aproximadamente 2 kg de substâncias ilícitas.

A imagem do Neymar atrai atenção e mostra que o produto tem qualidade melhor, tipo um selo", teria dito o suspeito detido em 2022.

A polícia continua em busca de outros envolvidos no esquema, incluindo um suspeito que fugiu antes da chegada dos agentes e que teria ligação direta com a residência onde os entorpecentes estavam escondidos. As investigações seguem para identificar possíveis conexões com grupos de tráfico e lavagem de dinheiro na Grande BH.