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Médico de Coronel Fabriciano dedica carreira à saúde indígena no Alto Rio Negro

Atuando em regime de 30 dias na Amazônia, Túlio Pereira percorre longas distâncias aéreas e fluviais para garantir atenção primária, fortalecer o SASI-SUS e integrar saberes tradicionais na assistência a povos indígenas

30/12/2025 às 09:10 por Redação Plox

No extremo noroeste da Amazônia brasileira, onde os rios funcionam como estradas e a floresta abriga dezenas de povos originários, o médico Túlio Pereira, natural de Coronel Fabriciano, constrói diariamente uma trajetória marcada pelo compromisso com a vida, o respeito intercultural e a defesa do direito à saúde dos povos indígenas.

Em um cenário de desafios logísticos e sociais permanentes, a presença de profissionais comprometidos como Túlio Pereira representa não apenas atendimento médico, mas também resistência, cuidado e valorização das populações indígenas.

Em um cenário de desafios logísticos e sociais permanentes, a presença de profissionais comprometidos como Túlio Pereira representa não apenas atendimento médico, mas também resistência, cuidado e valorização das populações indígenas.

Foto: Divulgação


Atuando em comunidades indígenas do Alto Rio Negro, uma das regiões de maior diversidade étnica e linguística do país, Túlio leva a medicina muito além do consultório. Seu trabalho inclui longas viagens aéreas e fluviais, atendimentos em áreas de difícil acesso e uma prática clínica que dialoga com os saberes tradicionais, reconhecendo a importância da cultura, da língua e do modo de vida indígena no processo de cuidado.

Rotina intensa e desafios na atenção à saúde indígena

A rotina do médico indigenista é marcada por desafios constantes. São 30 dias de trabalho seguidos, sem retornar para casa. Em um território de grandes distâncias geográficas e limitações de infraestrutura, ele atua na atenção primária à saúde, no acompanhamento de gestantes, crianças e idosos, além do manejo de doenças infecciosas, crônicas e agravos relacionados às condições socioambientais da região.

Mais do que tratar doenças, seu esforço diário é voltado para promover saúde, prevenir agravos e fortalecer a autonomia das comunidades indígenas, em um modelo de cuidado que considera o contexto social e cultural de cada povo.

Cuidar da saúde indígena é entender que medicina não se faz apenas com protocolos, mas com escuta, respeito e presençaTúlio Pereira

Para o médico, a atuação no Alto Rio Negro exige sensibilidade cultural, trabalho em equipe multiprofissional e um olhar ampliado sobre os determinantes sociais da saúde.

Articulação com comunidades e fortalecimento do SASI-SUS

Além da assistência direta, Túlio também contribui para a organização dos serviços de saúde indígena. Ele participa de ações educativas, da capacitação de agentes indígenas de saúde e de articulações com lideranças comunitárias, buscando integrar prevenção, cuidado e protagonismo local.

Em um cenário de desafios logísticos e sociais permanentes, a presença de profissionais comprometidos como Túlio Pereira representa não apenas atendimento médico, mas também resistência, cuidado e valorização das populações indígenas.

Em um cenário de desafios logísticos e sociais permanentes, a presença de profissionais comprometidos como Túlio Pereira representa não apenas atendimento médico, mas também resistência, cuidado e valorização das populações indígenas.

Foto: Divulgação


Nessa atuação, seu trabalho reforça a relevância do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SASI-SUS) como política fundamental para garantir equidade no acesso à saúde dos povos originários.

Em um cenário de desafios logísticos e sociais permanentes, a presença de profissionais comprometidos como Túlio Pereira representa não apenas atendimento médico, mas também resistência, cuidado e valorização das populações indígenas. Sua experiência no Alto Rio Negro evidencia que a medicina, quando aliada ao respeito cultural e à justiça social, torna-se uma ferramenta poderosa de transformação.

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