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Itabira, no interior de Minas Gerais, foi apontada durante muitos anos como uma cidade com altos índices de suicídio. Um artigo de 2006, chamado “O impacto do suicídio sobre a morbimortalidade da população de Itabira”, chamava a atenção para as mais elevadas taxas de auto extermínio em comparação ao resto do país. O levantamento levava em conta suicídios ocorridos entre 1996 e 2001.
Berço da mineradora Vale, atualmente o município de 120 mil habitantes parece ter se afastado do título negativo que carregou por décadas. A afirmação é do psicólogo, Marcelo Castro, diretor da Saúde Mental, que falou sobre o assunto nessa terça-feira, 30 de julho, a convite do vereador André Viana (Podemos), na Câmara de Vereadores. O profissional disse que o índice da cidade é alto, mas “não somos os líderes, felizmente”.
Psicólogo Marcelo Castro falou sobre o tema que assolou Itabira por anos- Foto: Vereador André Viana
Lutando sozinha
A esteticista itabirana **Maria Clara, de 29 anos, passava por uma depressão motivada pela não superação da perda do pai, aos 15 anos, ao qual era muito ligada. Apesar da dificuldade em tocar no assunto, ela contou que mesmo depois de tantos anos, sempre vinha à tona a falta que o pai fazia e a esteticista não conseguia lidar com o sentimento, o que a levou à uma depressão. “Lutando sozinha, pois eu não conseguia falar sobre o que sentia nem com minha mãe, meus irmãos ou amigos. Resolvi enfiar a cara em inúmeras caixas de remédios fortes que tinham em casa, e antes do trabalho, queria morrer de qualquer jeito, mas não tinha coragem de me esfaquear, por exemplo”. Ela foi socorrida por uma vizinha, e ainda no hospital, Maria Clara pensou em buscar ajuda psicológica. “Foi Deus no céu e minha psicóloga na terra. Posso dizer que depressão tem cura e eu sou uma sobrevivente”, se emocionou a itabirana. A própria esteticista lembrou o caso do irmão de uma colega de curso, também de Itabira, que cometeu suicídio ao se jogar de uma ponte na cidade. Segundo Maria, o caso acabou sendo “abafado pela família, pois ele era muito jovem”, em 2007.
Maria Clara tomou inúmeros medicamentos- Foto: Pixabay/Imagem Ilustrativa
Itabira teve 18 casos
Numa audiência pública em Itabira no ano passado, a coordenadora do Centro de Valorização da Vida (CVV) Itabira, Valdélia Almeida, comentou que após a privatização da Vale em 1997, quando houve muitas demissões e insegurança quanto ao futuro na cidade, houve também um aumento significativo de suicídios, entre 1999 e 2006. Ela afirmou que “a cultura de trabalhar na Vale ficou abalada e criou-se esse estigma na cidade”.
Conforme a explanação do psicólogo, há aproximadamente 20 municípios pelo país com taxas mais altas que Itabira, que responde por 18 ocorrências por ano. Números do Ministério da Saúde de 2017 apontaram que o Brasil tem 11 mil casos de auto extermínio anualmente. Em Minas Gerais, o número anual é de 12 ocorrências. O psicólogo esclareceu que “esse é um assunto que por muitos anos as pessoas evitaram de tocar nele. Tinha aquela ideia que se abordasse o suicídio estaríamos estimulando um maior número de ocorrências”.
Números
Entre 2013 e 2017, foram registradas 44 mortes por suicídio em Itabira. Dentre esse período, o ano de 2014 foi o que totalizou mais casos. Foram 7 ocorrências em 2013; já em 2014, houve 14 mortes; em 2015, os números chegaram a 9 suicidas; porém em 2016, houve 11 mortes; por fim, em 2017, foram 3 óbitos. Os números são do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), encontrados na Secretaria Municipal de Saúde. Já conforme o que aponta a Polícia Militar (PM), por meio do banco de dados InfoView, também de 2013 a 2017, foram 43 ocorrências. Em 2013, foram 6 mortes por suicídio; em 2014, chegou a 11; em 2015, foram 6 óbitos; em 2016, houve uma elevação, com 11 casos; já em 2017, foram 9 ocorrências. Em relação às tentativas, também de 2013 a 2017, conforme o levantamento do Sinan, o total foi de 455 pessoas que tentaram tirar a própria vida. O período com mais alto índice foi em 2013, com 144 casos, e o menor, em 2016, com 28 tentativas.
**O nome da personagem foi alterado a pedido
Atualizada às 13h05
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