Rifas e apostas: mais uma influenciadora é presa por "ganhar dinheiro fácil": Karol Digital

A influenciadora Maria Karollyny Campos Ferreira, conhecida como Karol Digital, foi presa preventivamente em Araguaína (TO), junto com o namorado, Dhemerson Rezende. As acusações contra ela incluem exploração ilegal de jogos de azar, associação criminosa, lavagem de dinheiro, crime contra a economia popular, corrupção passiva e tráfico de influência.

Foto: Redes Sociais

Segundo as investigações, Karol criava vídeos em que simulava ganhos em apostas para atrair seguidores a plataformas de jogos. De acordo com o delegado Wanderson Queiroz, os prêmios exibidos não eram reais, mas sim valores recebidos em contratos firmados com as próprias empresas.

Nas redes sociais, a influenciadora chamava atenção pelo estilo de vida luxuoso. Mostrava roupas de grife, mansões, fazendas, um haras, barcos e até uma coleção de carros esportivos, entre eles uma McLaren avaliada em mais de R$ 3 milhões. Com mais de 1,5 milhão de seguidores, sua última postagem destacou um barco personalizado nas cores rosa, cinza e preto.

O início da apuração ocorreu em 2023, quando o Ministério Público recebeu denúncia após a compra de uma mansão de R$ 4 milhões feita à vista via Pix. Nos anos seguintes, outras aquisições milionárias chamaram a atenção, como imóveis de R$ 10 milhões e a produção de um reality show transmitido diretamente de sua residência.

A ficha criminal de Karol é extensa. Em 2015, já havia sido investigada pela Polícia Federal por fraude no seguro-desemprego. Pouco depois, foi presa duas vezes em um intervalo de dois anos por roubo à mão armada, cumprindo parte da pena em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica. Após deixar a prisão, chegou a aparecer em entrevistas como exemplo de superação, mas logo passou a divulgar apostas online, transformando-se em milionária em menos de uma década.

Na semana anterior à prisão, a Justiça determinou o bloqueio de todo o patrimônio da influenciadora, incluindo imóveis e contas bancárias. A defesa afirma que a investigação é ilegal e pretende recorrer ao Supremo Tribunal Federal. Se for condenada, Karol pode enfrentar uma pena superior a dez anos de prisão.