Polícia

Jovem morto pela namorada organizava viagem para comemorar inicio de namoro

Raphael Canuto Costa, de 21 anos, e a amiga de infância Joyce Correa da Silva, de 19, morreram após serem perseguidos e atingidos em alta velocidade por carro dirigido por Geovanna Proque de Oliveira, que responderá por duplo homicídio qualificado na zona sul de São Paulo

31/12/2025 às 08:41 por Redação Plox

O jovem Raphael Canuto Costa, de 21 anos, morto após ser atropelado pela própria namorada na zona sul de São Paulo, planejava viajar para Minas Gerais no dia seguinte ao crime. A viagem seria uma forma de comemorar o primeiro mês de relacionamento com Geovanna Proque de Oliveira, também de 21 anos, e havia sido organizada pelo casal como uma celebração íntima do início do namoro, segundo o advogado da família.


A programação, contudo, foi interrompida de forma trágica horas antes do embarque. Raphael conduzia uma moto quando foi perseguido e atingido pelo carro dirigido por Geovanna, na zona sul da capital paulista. Na garupa estava a amiga dele, Joyce Correa da Silva, de 19 anos, que também foi atingida e morreu no local.


o advogado da família confirmou que Raphael Canuto Costa, de 21 anos, havia organizado a viagem ao lado de Geovanna Proque de Oliveira, também de 21 anos, como uma celebração íntima do início do namoro.

o advogado da família confirmou que Raphael Canuto Costa, de 21 anos, havia organizado a viagem ao lado de Geovanna Proque de Oliveira, também de 21 anos, como uma celebração íntima do início do namoro.

Foto: Reprodução / Redes sociais.


Perseguição e morte na zona sul de São Paulo

Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que o veículo de Geovanna atinge, em alta velocidade, a motocicleta pilotada por Raphael. O impacto derruba as vítimas na via, e o carro segue em frente após a colisão.

Histórico de transtorno depressivo

De acordo com o inquérito da Polícia Civil, Geovanna Proque da Silva tem diagnóstico de Transtorno Depressivo Grave e apresenta sintomas desde os 15 anos. O histórico médico indica que ela iniciou um tratamento mais recente no começo de julho deste ano, quando chegou a ser internada no Hospital do Mandaqui, na zona norte de São Paulo.


Desde então, faz uso contínuo de medicamentos psicotrópicos, como Clonazepam e Escitalopram, além de acompanhamento psiquiátrico e sessões semanais de terapia. Segundo os laudos, sintomas como humor deprimido, anedonia, fadiga, hipersonia e isolamento social teriam interferido diretamente na rotina da jovem, afetando o desempenho acadêmico e profissional.


No fim de outubro, diante do agravamento do quadro, Geovanna se afastou do trabalho por 60 dias. No momento da detenção, apresentava cortes verticais nos dois antebraços e um corte horizontal superficial no pescoço, além de sinais de sonolência. Ela, porém, estava consciente dos fatos e relatou uso recente de antidepressivos.

Crime motivado por ciúmes, diz investigação

Relatos de testemunhas e a apuração da Polícia Civil apontam que Geovanna teria agido por ciúmes ao acelerar o carro contra a motocicleta em que estavam Raphael e a amiga. Momentos antes, o jovem participava de um churrasco em sua casa, o que teria incomodado a namorada por causa da presença de outras mulheres, conforme mensagens enviadas por ela via WhatsApp instantes anteriores ao atropelamento.


Depoimentos indicam que Geovanna foi até a residência acompanhada da madrasta. Raphael não teria permitido a entrada da jovem no imóvel e, em seguida, saiu de moto para dar uma volta. Depois disso, Geovanna entrou no carro e passou a seguir o rapaz pelas proximidades.


Em uma adega da região, Raphael encontrou Joyce, descrita por testemunhas como amiga de infância. Ela subiu na garupa da moto e os dois deixaram o local. Na sequência, segundo a investigação, o casal de amigos foi perseguido e atingido pelo veículo conduzido por Geovanna.

Prisão preventiva e acusação de duplo homicídio

No momento da prisão, Geovanna apresentava sonolência, mas se comunicava de forma clara e demonstrava consciência sobre o ocorrido, de acordo com os policiais. Ela admitiu a ingestão de medicamentos antidepressivos e relatou já ter tentado tirar a própria vida anteriormente.


A jovem foi levada inicialmente à Assistência Médica Ambulatorial (AMA) do Jardim Pirajussara, na zona sul, e permaneceu à disposição da Justiça. Após audiência de custódia, a prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva, e ela foi transferida para a Penitenciária Feminina de Santana, na zona norte de São Paulo.

Geovanna Proque de Oliveira deve responder por duplo homicídio qualificado por motivo fútil e pelo uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o caso segue sob investigação do 37º Distrito Policial (Campo Limpo).

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