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Itabira cobra explicações da Vale sobre nuvem alaranjada após detonação em mina

Prefeitura, por meio da Semapa, envia ofício à mineradora pedindo detalhes técnicos sobre nuvem de poeira ou gás registrada nas Minas do Meio e prazo de até dez dias para resposta

31/12/2025 às 11:04 por Redação Plox

A Prefeitura de Itabira enviou, nesta terça-feira (30), um ofício à Vale S.A. pedindo esclarecimentos sobre a formação de uma nuvem de poeira ou gás de coloração alaranjada, registrada no fim da tarde de segunda-feira (29) e associada, de forma preliminar, a uma detonação na área das Minas do Meio. O episódio causou apreensão entre moradores e reacendeu o debate sobre os impactos da mineração na cidade.


Segundo a administração municipal, o documento foi encaminhado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Proteção Animal (Semapa) e solicita informações técnicas detalhadas sobre o ocorrido. Entre os pontos questionados estão a data e o horário da detonação, as razões para a formação da nuvem, a identificação dos materiais envolvidos, as medidas de controle ambiental adotadas e uma avaliação sobre possíveis riscos à saúde humana.

Prazo de dez dias e acompanhamento do caso

A prefeitura estabeleceu prazo de até dez dias, contados a partir do recebimento do ofício, para que a mineradora apresente as respostas. O município afirma que continuará acompanhando o caso até que todos os fatos sejam esclarecidos, em linha com o compromisso declarado de transparência, proteção ambiental e segurança da população.

A administração municipal divulgou nota oficial reiterando as cobranças feitas à empresa.

A Prefeitura de Itabira, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Proteção Animal (SEMAPA), informa que encaminhou, nesta terça-feira (30), um ofício à empresa Vale S.A. solicitando esclarecimentos sobre a formação de uma nuvem de poeira ou gás, de coloração alaranjada, registrada na tarde da última segunda-feira (29), possivelmente decorrente de detonação realizada na área da Mina do Meio.

O documento requer informações técnicas detalhadas sobre o evento, incluindo data e horário da detonação, justificativas para a ocorrência da nuvem, identificação dos materiais envolvidos, medidas de controle ambiental adotadas e avaliação de possíveis riscos à saúde humana. A Vale tem o prazo de até 10 dias, a contar do recebimento do ofício, para encaminhar as informações solicitadas.

A Prefeitura de Itabira reforça o seu compromisso com a transparência, a proteção ambiental e a segurança da população, e seguirá acompanhando o caso até o completo esclarecimento dos fatos.

Prefeitura de Itabira

Vale cita monitoramento do ar, mas não explica nuvem alaranjada

Em nota, a Vale afirmou operar dentro dos parâmetros exigidos pela legislação ambiental e destacou investimentos contínuos em tecnologias para controle e redução de material particulado. Entre as ações mencionadas estão a umectação de vias, aspersão e hidrossemeadura de taludes, aplicação de polímero em áreas expostas e uso de canhões de névoa.

A mineradora informou ainda que mantém em funcionamento, em Itabira, a Rede Automática de Monitoramento da Qualidade do Ar, composta por cinco estações — quatro dedicadas ao monitoramento da qualidade do ar e uma ao acompanhamento de dados meteorológicos. Segundo a empresa, essas iniciativas visam garantir o cumprimento das normas ambientais e o controle permanente das emissões atmosféricas.

A nota da companhia, porém, não trouxe esclarecimentos específicos sobre a detonação de segunda-feira nem sobre o que poderia ter provocado a nuvem alaranjada, tampouco detalhou o material utilizado na atividade.

A íntegra do posicionamento da mineradora foi divulgada pela empresa:

A Vale esclareceu, em nota, que vem operando dentro dos parâmetros exigidos pela legislação, investindo em novas tecnologias para aprimorar os controles operacionais de redução de material particulado, como umectação de vias, aspersão, hidrossemeadura de taludes, aplicação de polímero em áreas expostas e uso de canhões de névoa. A empresa informou ainda que opera em Itabira a Rede Automática de Monitoramento da Qualidade do Ar, com cinco estações, sendo quatro dedicadas à qualidade do ar e uma a dados de meteorologia.

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