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Sistema Cantareira seguirá em faixa de restrição a partir de janeiro de 2026
ANA e SP-Águas mantêm operação do Cantareira na Faixa 4 após reservatórios registrarem 20,18% de volume útil em dezembro de 2025, e reforçam apelo por economia de água
31/12/2025 às 12:48por Redação Plox
31/12/2025 às 12:48
— por Redação Plox
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A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e a Agência de Águas do Estado de São Paulo (SP-Águas) informaram que o Sistema Cantareira, principal manancial de abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo, continuará operando na Faixa 4 – Restrição a partir de 1º de janeiro de 2026, conforme estabelece a Resolução Conjunta nº 925, de 29 de maio de 2017.
Legenda: não informada no texto
Foto: Divulgação
No período úmido, que se estende até maio de 2026, a liberação de vazões para as bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Bacias PCJ) é feita pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP) com base em comunicados da SP-Águas. Nessa fase, há maior flexibilidade para cumprimento dos limites de vazões nos postos de controle definidos pela Resolução Conjunta nº 925/2017. Esses comunicados são enviados simultaneamente aos Comitês PCJ, conforme o § 2º do Art. 5º da norma.
Reservatórios seguem em nível de restrição
Em 31 de dezembro de 2025, o Sistema Cantareira registrou 20,18% de seu volume útil, ligeiramente abaixo dos 20,99% observados em 30 de novembro. Como o índice se manteve acima do limite de 20%, a operação do sistema em janeiro de 2026 permanecerá na Faixa 4 – Restrição.
Nessa condição, a SABESP segue autorizada a retirar do Sistema Cantareira até 23 metros cúbicos por segundo (m³/s), conforme previsto na Resolução Conjunta que rege a operação.
Como medida de mitigação, a companhia poderá utilizar em janeiro, além dos 23 m³/s autorizados, a vazão transposta para o reservatório da Usina Hidrelétrica Jaguari (UHE Jaguari), na bacia do rio Paraíba do Sul.
Medidas para preservar os reservatórios
As agências reguladoras reforçam a importância de a SABESP adotar medidas operacionais de gestão da demanda no âmbito dos serviços de abastecimento de água. Também recomendam que os demais usuários implementem ações para preservar o volume armazenado nos reservatórios do sistema.
Gestão compartilhada do Sistema Cantareira
A gestão do Cantareira é feita de forma conjunta pela ANA e pela SP-Águas, com acompanhamento diário de níveis, vazões e armazenamento dos reservatórios para subsidiar decisões operacionais.
A permanência na Faixa de Restrição segue critérios definidos pela Resolução Conjunta nº 925/2017, elaborada após a crise hídrica de 2014/2015. A norma estabelece limites de retirada de água de acordo com o volume acumulado no sistema, garantindo maior previsibilidade operacional e segurança hídrica para a Região Metropolitana de São Paulo e para as Bacias PCJ.
Importância do Cantareira para o abastecimento
O Sistema Cantareira abastece cerca de metade da população da Região Metropolitana de São Paulo e contribui para o atendimento dos usos múltiplos da água, com destaque para o abastecimento de Campinas, nas bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.
O conjunto é formado por cinco reservatórios interligados — Jaguari, Jacareí, Cachoeira, Atibainha e Paiva Castro — com volume útil total de 981,56 bilhões de litros. Desde 2018, o sistema conta também com a interligação entre a represa Jaguari (no rio Paraíba do Sul) e a represa Atibainha, o que ampliou a segurança hídrica para a Região Metropolitana de São Paulo.
Integração entre estados e monitoramento constante
Embora os reservatórios estejam integralmente em território paulista, parte das águas que os alimentam vem de rios de domínio da União, por terem nascentes e trechos em Minas Gerais, compondo a bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.
Nesse contexto, ANA e SP-Águas avaliam que as regras de operação vigentes são adequadas para a gestão dos recursos hídricos do Sistema Cantareira e realizam acompanhamento diário dos níveis de água, vazão e volume armazenado, com o objetivo de subsidiar a tomada de decisões.