O deputado estadual Lincoln Drumond enviou um ofício em 16 de outubro de 2025 solicitando o cancelamento do show do humorista Tiago Santineli, agendado para 6 de novembro no Centro Cultural Usiminas, em Ipatinga. O parlamentar argumenta que publicações e manifestações do artista ofenderiam a comunidade cristã e poderiam configurar ilícitos civis e criminais, segundo o documento encaminhado à direção do espaço.
O documento menciona ainda um vídeo disponibilizado no YouTube, no qual o responsável pelo ofício diz que o artista teria afirmado que “os crentes estão arruinando o planeta”.
No ofício, Drumond detalha conteúdos publicados por Santineli em redes sociais, nos quais, de acordo com o parlamentar, o humorista faz referências a símbolos religiosos e dirige ataques a pessoas e instituições ligadas à religião. Ele também menciona um vídeo no YouTube em que, conforme descreve, o artista teria afirmado que “os crentes estão destruindo o planeta”.
O relatório menciona ainda um vídeo no YouTube, no qual o responsável pelo ofício afirma que o artista teria dito que “os crentes estão arruinando o planeta”.
O documento ressalta ainda o amplo alcance das publicações do humorista, que ultrapassariam fronteiras nacionais. O parlamentar acrescenta à argumentação a menção de que, supostamente, Santineli teve o visto para os Estados Unidos revogado em razão de atos como a comemoração de um atentado contra uma personalidade pública, conforme relata o próprio texto do ofício.
Na parte intitulada “Do pedido”, Drumond solicita o cancelamento do evento e alerta sobre a responsabilização civil e criminal tanto do artista quanto do contratante caso o show seja mantido. O documento recorre a dispositivos legais para fundamentar a solicitação, ressaltando que, embora a Constituição assegure liberdade de expressão e de crença, essa liberdade “não é absoluta” quando ultrapassa questões individuais e afeta coletividades.
O texto menciona a proteção constitucional à liberdade religiosa e cita o Código Penal, que considera crime o escárnio público motivado por crença ou função religiosa. Esses fundamentos jurídicos são usados pelo deputado para sustentar o pedido de cancelamento da apresentação.
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